Mais do que assinar um documento, a Prefeitura de Porto Alegre e a Opinião Produtora comemoravam vitórias hoje na assinatura da concessão de uso do Araújo Vianna e do Teatro de Câmara Túlio Piva. A administração municipal concluía o primeiro processo de concessão da gestão, como destacou o secretário de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro. A produtora realizava o sonho antigo de administrar a mais importante casa de shows da capital.

“Devolver o Túlio Piva à cidade será o mais nobre e belo estímulo que teremos”, afirma Rodrigo Machado, sócio do Opinião, ao lembrar o compromisso que a concessionária tem com a concessão casada dos espaços. Fechado desde 2014, a reforma do Câmara vai custar R$ 4,4 milhões à produtora. Outros R$ 2,36 milhões serão investidos, principalmente, no entorno do Araújo.
A ideia de incluir o Tulio Piva no edital de licitação do Araújo deve ser comemorada e servir de modelo em processos futuros. Une-se o “patinho feio” à jóia da coroa. Menos rentável no dia-a-dia, dificilmente haveria interessados em investimentos tão significativos no Câmara se não estivesse junto com o Araújo. Membros da classe teatral, como Zé Victor Castiel e Rogério Beretta, prestigiaram o evento.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior foi enfático ao afirmar que trata-se de uma concessão e que os espaços não serão privatizados. “Isto não é ideológica; é uma forma de entregar serviços à população”, afirma. A Opinião Produtora comprometeu-se a pagar R$ 6,19 milhões de outorga. Os recursos irão para os fundos de cultura e meio ambiente, além de convertidos em ingressos de interesse social. “Distribuição de forma técnica aos mais vulneráveis”, destacou Marchezan.